Sabe aquele filme que te deixa com um baita sorriso no rosto enquanto você assiste? Esse é o filme E Então Nós Dançamos (And Then We Danced, na versão original em inglês, e და ჩვენ ვიცეკვეთ em georgiano), da Geórgia (não o estado americano, mas o país do Cáucaso, entre a Rússia e a Turquia). Ele conta a história de Merab (interpretado por um ótimo Levan Gelbakhiani), um dançarino que faz parte de um grupo de dança nacional georgiano. Ele pertence a uma família pobre e espera que a dança lhe traga um futuro promissor e uma carreira de sucesso. Mas tudo muda com a chegada de um novo aluno vindo de outra cidade, Irakli (interpretado por um também ótimo Bachi Valishvili). A chegada de Irakli abala as estruturas de Merab, uma vez que o novato demonstra ter ainda mais habilidade com a dança e pode inclusive roubar ser lugar no grupo.
O filme foca na relação desses dois colegas, que apesar de rivais, acabam se aproximando e descobrindo sentimentos que eles não imaginavam. É um filme que trata de auto-descoberta e amadurecimento num ambiente hostil, como acontece com a maioria dos LGBTQ+ ao redor do mundo. E Então Nós Dançamos, contudo, trata dessa situação com tanto cuidado e tanta emoção que você até esquece dos obstáculos. A dança como forma de extravasar as emoções funciona muito bem e os atores têm atuação sóbrias e delicadas. A direção é minuciosa em todas as escolhas, inclusive a iluminação do filme é aconchegante e colabora com o clima acolhedor da obra. As atuações são sólidas e, além dos protagonistas, merecem destaque Ana Javakishvili, como Mary, uma amiga de Mareb que alimenta interesses amorosos pelo rapaz, e Giorgi Tsereteli, como David, irmão de Mareb. Ambos com cenas emocionais no último ato do filme. Além disso, a trilha sonora é maravilhosa e toca até a maravilhosa Robyn! Perfeito do começo ao fim (até no poster, que mais parece uma obra de arte)!
Nota 10!
O filme foi boicotado na própria Geórgia, um país ainda muito conservador. Mas não deixou de fazer sucesso ao redor do mundo em 2020, quando começou com estreias presencias e agora, com a pandemia, online. O filme não está nos streamings do Brasil ainda, mas pode ser encontrado para aluguel e compra no Google Play e no iTunes!
Veja também:
Legenda Sincronizada 
Hey, Diogo! Quero te agradecer por todas as indicações de filmes que você dá, especialmente por essa. É lindo do começo ao fim. Toca, faz refletir, chorar, rir, nos libertar. E a conexão fica maior ainda sabendo que a realidade de muitos LGBTQI+ é a mesma do protagonista.
Destaques (sem dar muito spoiler pra quem ainda não viu): a química dos protagonistas é maravilhosa, a cena com o irmão e a cena final foram perfeitas. Aliás, o filme todo é espetacular.
Obrigado mesmo! Minhas “alegrias cinematográficas” só tem aumentado desde que comecei a ver tuas recomendações. Ah, teu podcast é ótimo também!
CurtirCurtir
Aaaahh, brigadão, Marco, fico muito, muito feliz em ler isso! De verdade! Que bom que tem sido legal e útil pra você! 😀
E sim, quanto ao filme eu concordo muito, o filme é lindo e vai melhorando ao longo do tempo, o final é o auge mesmo, e confesso que fiquei com medo da cena do irmão, mas fizeram ela da forma mais linda possível!
Obrigado novamente pelas palavras (e logo logo deve vir mais episódio do podcast, hehe)!
Abraços fortes!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Têm sido maravilhosos esses achados cinematográficos, desde que descobri tua conta no twitter. Já coloquei vários outros na lista hahaha. Você faz um trabalho espetacular. Aquela lista de terror que fizeste é de fazer os olhos de quem curte o gênero brilharem. ❤
Nossa, concordo demais. É muito interessante ver como a transformação se dá através da dança, não precisa de palavras (falei demais pra quem ainda não viu? Qualquer coisa eu apago,rs).
Menino, morri de receio naquela cena também, tava facinho de ir para um outro caminho. Ainda bem que não foi, ufa. Chorei demais, mais ainda hahahah
Opa, aguardo ansiosamente! Eu que te agradeço!
Abração!
CurtirCurtir